O poeta disse assim:
"João amava Tereza que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.(...)"
[Eu sou Lili.]
O outro poeta disse assim:
"(...)Eu não amo ninguém, parece incrível
Não amo ninguém
E é só amor que eu respiro."
[Ele me disse.]
[E há um céu fantasiado esperando meu vôo.Mas o que ele não sabe é que não há mais asas.Ah.Diz pra ele que que não há mais asas.]
Menino, eu poderia dizer-te mil e uma coisas aqui, mas elas viriam completamente fora de hora.(Depois eu te empresto meu diário.)
Digo-te o essencial.Te amo.Nem sei se te importas.Mas amo.Amo assim, em paz.Que é pra não doer.E sei que há uma verdade só nossa.Uma verdadezinha secreta e única, que nada pode apagar.Sabe?Te quero bem, bem, bem.Acredita.Hoje e sempre.Não por convenções, por querer mesmo.
Saudade das nossas conversas sinceras, viu?Me conta, depois, tudo que eu perdi desse teu mundo de sonhos.(Eu te conto do meu.)
Beijo, doce
.=*
Eu estou tão partida, tão cansada, tão vazia.Menos inteira, menos completa.
É bom dizer que o cansaço não é daqueles que bate e passa, não é daqueles momentâneos e infundados.É certo, cansaço.
O céu é tão grande, que é fato: deveria conter as soluções pra tudo.Como assim eu olho pra ele e não vejo, e ele não me diz, nada de concreto?Como assim?
Cansa, sabe?Cansa.