o que os olhos não veem,

Estou um pouco aflita tendo sob minha posse essa chave do paraíso proibido que você me deu, essa chave do pecado.Estou um pouco aflita: já pensei em usa-la; em joga-la pela janela; em guarda-la somente, como uma lembrança; etc.
O tempo passa e a impressão que eu tenho é que você, logo logo, pensando que eu não vou comparecer a esse convite de encontro e estando do lado de fora do paraíso, vai encomendar outra chave, desistir dessa e partir pra outra - com outra.

De fato, eu não vou comparecer.

Ainda assim, lhe peço: uma mão.
Talvez duas.
Que é pra que eu possa sair desse buraco negro de passionalidade patológica em que eu me meti.
E que me deixa com muitas manchas vermelhas.